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Como escolher colunas de CG de maneira adequada?

A escolha da coluna cromatográfica correta é muito importante para obter separações eficazes e precisas na cromatografia gasosa (CG). Este processo exige a consideração de diversos fatores, como a fase estacionária, o fator de divisão de fases e o comprimento da coluna. Vamos explorar cada um desses aspectos para garantir que você faça a escolha mais adequada para suas análises.

 

1. Fases estacionárias: a chave para a separação dos compostos

A fase estacionária é o componente mais importante da coluna de CG. Ela determina a interação dos analitos com a coluna, afetando diretamente a eficiência da separação. Existem diferentes tipos de fases estacionárias, como:

  • Fases não polares (baseadas em PDMS - polidimetilsiloxano): Ideais para separação de compostos não polares e de baixa polaridade.
  • Fases polares (baseadas em PEG - polietilenoglicol): Utilizadas para a separação de compostos polares.
  • Fases intermediárias (baseadas em ciano ou fenil): Adequadas para compostos que requerem uma separação mais equilibrada entre polares e não polares.

Dica💡: Conhecer a polaridade dos seus analitos é essencial para escolher a fase estacionária correta. O uso de uma fase inadequada pode levar a picos de má qualidade, co-eluição e dificuldade em identificar compostos com precisão.

 

2. Fator de divisão de fases: o impacto direto na separação

O fator de divisão de fases (β) é a razão entre a espessura do filme da fase estacionária e o diâmetro interno da coluna. Esse fator influencia diretamente o tempo de retenção dos compostos e a eficiência da separação.

 

Figura 1: Corte transversal de uma coluna capilar de cromatografia gasosa, com ênfase nas dimensões físicas da coluna, e equação do Fator de Divisão de Fases (β).

 

Um β menor significa uma fase estacionária mais espessa, o que resulta em maior retenção e melhor separação, especialmente para compostos voláteis. Por outro lado, um β maior indica menor retenção e é ideal para compostos menos voláteis.

 

Tabela 1: Razões de fase selecionadas como uma função do diâmetro interno da coluna e da espessura do filme.

 

Dica💡: Para separação de compostos voláteis, como solventes ou gases, escolha colunas com fases estacionárias espessas e, consequentemente, um β menor. Já para moléculas maiores ou menos voláteis, uma fase mais fina pode ser mais eficiente.

 

3. Comprimento da coluna: mais longa não significa melhor

O comprimento da coluna gera impacto limitado na separação, porém influencia diretamente o custo. Colunas mais longas podem oferecer uma separação ligeiramente melhor, mas o aumento no custo pode não compensar a diferença de eficiência. A separação de compostos é mais influenciada pela fase estacionária e pelo fator de divisão de fases, enquanto o comprimento contribui para um aumento no tempo de análise e um custo maior.

Ao dobrar o comprimento da coluna, o fator de retenção não é alterado pois ele dependendo do volume do tempo morto, o qual sofre o mesmo “impacto de atraso” que o pico cromatográfico, portanto, apesar do tempo de retenção aumentar, o fator de retenção não sofre impactos significantes. A Seletividade depende do fator de retenção, logo ela também não sofrerá impactos significativos. Para fins práticos, estes dois termos serão ocultados da explicação baixo, já que não influenciarão de forma significativa nos resultados.

Já, a eficiência é drasticamente alterada. Como o número de pratos teóricos é proporcional ao comprimento da coluna, ao dobrar o comprimento da coluna, dobra-se o número de pratos teóricos, logo, temos o seguinte cenário:

Portanto, ao dobrar o comprimento de uma coluna, considerando mesma fase estacionária, a resolução dos picos aumentará 40%, em teoria. Na prática, esse valor não passa de 20%.

Logo, dobrar o comprimento de uma coluna cromatográfica não é a melhor estratégia para melhorar a separação, em cromatografia gasosa. Ressalto aqui que, o preço de uma coluna de cromatografia gasosa é proporcional ao comprimento. Logo, você pagará mais caro e, possivelmente, não terá o resultado desejado.

Dica💡: Colunas mais longas só são recomendadas quando se trabalha com misturas muito complexas com muitos analitos. Nestes casos, qualquer melhora de 20% na resolução dos picos pode ser muito impactante.

 

4. Temperatura e Compatibilidade da Coluna

Outro fator que muitas vezes não recebe a devida atenção é a temperatura máxima da coluna. Escolher uma coluna com uma temperatura máxima que seja adequada para os seus analitos é essencial para evitar a degradação do filme estacionário e garantir a longevidade da coluna.

Dica💡: Verifique a temperatura máxima suportada pela fase estacionária e certifique-se de que ela esteja dentro do intervalo adequado para a separação dos seus compostos.

Dicas Práticas para Escolher a Coluna de CG Ideal

  • Defina o tipo de amostra: Identifique se seus compostos são polares, não polares ou de polaridade intermediária.
  • Foque no fator de divisão de fases: Ajuste o β de acordo com a volatilidade dos compostos que você pretende analisar.
  • Escolha o comprimento adequado: Na maioria dos casos, colunas de 20 a 30 metros ou até menos oferecem o melhor equilíbrio entre custo e eficiência.
  • Considere a compatibilidade térmica: Certifique-se de que a coluna suporta a temperatura necessária para suas análises.

 

Causas e Consequências de Escolhas Inadequadas

Escolher a coluna errada pode resultar em uma série de problemas, como baixa resolução dos picos, co-eluição e aumento do tempo de análise. Além disso, o uso de uma coluna inadequada pode reduzir a vida útil dela, gerando um aumento nos custos operacionais e possíveis erros nos resultados analíticos.

Soluções:

  • Avalie suas necessidades analíticas: Revise o tipo de amostra e os compostos que você está separando.
  • Teste colunas diferentes: Se você enfrenta problemas de separação, testar colunas com fases estacionárias diferentes pode ser a solução.
  • Considere a manutenção preventiva: Colunas mal cuidadas podem ter sua performance deteriorada com o tempo.

Deixo aqui um comparativo breve de diferentes nomes fases estacionárias e nomes comerciais das principais colunas capilares de cromatografia gasosa.

 

Tabela 2: Referência cruzada de colunas capilares oferecidas pelos fabricantes

 

 

 

 

Conclusão

A escolha da coluna de cromatografia gasosa é fundamental para garantir resultados precisos e eficientes. Fatores como a fase estacionária, o fator de divisão de fases e o comprimento da coluna devem ser considerados de acordo com o tipo de amostra e os compostos analisados. Se você ainda tem dúvidas sobre como escolher a melhor coluna para suas necessidades, entre em contato com a Matrix LCMS. Nossa equipe de especialistas está à disposição para ajudar a identificar a melhor solução para suas análises cromatográficas, além de oferecer suporte técnico completo.

 

 

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