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A história da cromatografia – parte 1

A história da cromatografia – parte 1

Para falarmos sobre o HPLC – High Pressure Liquid Chromatography ou CLAE – Cromatografia Líquida de Alta Eficiência, precisamos voltar um pouco no tempo e conhecer quem são os precursores dessa técnica de separação mundialmente conhecida. A raiz dos HPLCs está na cromatografia básica, a palavra cromatografia é composta por duas raízes gregas, chroma que significa cor e graphein que significa escrever, podendo então os termos serem traduzidos como a grafia das cores.

Ao citar cromatografia e a história dela, é inevitável falar de Mikhail Semenovich Tswett (1872-1919), considerado o pai da cromatografia. Há relatos que antes de Tswett a técnica cromatográfica já havia sido aplicada e um exemplo disso são os livros publicados por Friedlieb Ferdinand Runge (1795-1867) nos anos de 1834 a 1850, chamados “A química da coloração”,  mas a verdade é que estavam falando sobre cromatografia sem tal definição. A partir de Tswett a técnica ganhou um nome e uma identidade, pois foi Tswett que percebeu a importância analítica do mecanismo que acabara de descrever e foi a visão inicial de criação de um aparato capaz de melhorar a capacidade de separação entre as diferentes cores que podiam observar naquele momento.

Lápide de Tswett na cidade russa de Voronezh, onde se lê a inscrição: Ele inventou a cromatografia, separando moléculas mas unindo pessoas. Ref. História da Cromatografia Líquida Pacheco, S.*; Borguini, R. G.; Santiago, M. 

Após conhecer brevemente as origens, podemos evoluir no tempo e acrescentar que na prática tivemos diferentes tipos de cromatografia na história: a precursora, cromatografia em papel, em seguida a cromatografia em coluna ou cromatografia clássica, após, cromatografia de camada delgada e esse momento da história (por volta de 1930) tudo sobre cromatografia estava relacionado a separação visual por cores sem muitas evoluções na eficiência de separação. A partir de 1941 pode-se dizer que o HPLC recebe seu início, pois foi nesse ano que Arne Wilhelm Kaurin Tiselius (1902-1971) e Stig Melker Claesson (1917-1988), acrescentaram ao aparato cromatográfico duas partes fundamentais nos sistemas mais modernos hoje encontrados no mercado, acrescentaram a detecção não visual, era incorporada uma cubeta para leitura óptica acoplada ao fluxo de efluente da coluna cromatográfica. Dessa maneira, era possível observar bandas correspondentes ao número de substâncias presentes na amostra. Tiselius demonstrou ainda ser possível a determinação qualitativa e quantitativa dos componentes. O método desenvolvido aplicava-se não apenas a substâncias coloridas e era de fácil adaptação para determinações quantitativas. Falando ainda sobre pioneirismo, em 1948, Claesson publicou um artigo em que apresenta um diagrama com um sistema de leitura do efluente da coluna, conforme idealizado por Tiselius, com o acoplamento de um sistema de introdução da fase móvel, na forma de um compartimento pressurizado por um êmbolo.

O conhecimento da evolução e da base da cromatografia é fundamental para entender a capacidade atual dos sistemas cromatográficos empregados nas metodologias laboratoriais. Siga nossa linha de publicações em nossa aba “aplicações” e acrescente .  

Figura ilustrativas da separação de substâncias visíveis baseadas em cores.

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Referencias:

Ettre, L. S. M.S. Tswett and the invention of chromatography. Lc Gc Europe 2003, 16, 2. [Link]

Bussemas, H. H.; Ettre, L. S. Forerunners of ChƌoŵatogƌaphLJ: RuŶge’s “elf-Grown Pictures. Milestones in Chromatography 2004, 22, 262. [Link]

Tiselius, A. A new procedure for adsorption analysis. Science 1941, 94, 145. [CrossRef] [PubMed]

Claesson, S. Frontal analysis and displacement development in chromatography. Annals of the New York Academy of Sciences 1948, 49, 183. [CrossRef] [PubMed]